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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O PRECONCEITO

Postado por Jorge Luís Saraiva

Por Antonio Carlos Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil
Acabei de ver e ouvir uma reportagem no telejornal sobre o preconceito que acontece por ocasião da busca por trabalho. O direcionamento da reportagem deixava clara a sua intenção de chamar a atenção do telespectador para o telejornal e para o problema racial.
Na mídia quando se fala de preconceito explora-se essa variância de preconceito: o preconceito racial.
Concordo em gênero, número e grau com os que pensam que o preconceito racial é um tipo de preconceito infundado, retrógrado, irracional e idiota. Em meu ponto de vista, em nosso País, de dimensões continentais, onde há uma miscigenação generalizada, não deveria existir o preconceito racial, mas, infelizmente, existe.
A população de nosso País é uma miscigenação de raças e, no fundo, todos nós temos um pouco do índio, do negro, do amarelo e do branco. Apenas uma minoria do povo brasileiro pode ser considerada como não miscigenada, não se justificando, portanto, a existência racional do preconceito racial pela coloração da pele.
A definição de preconceito, conforme o Dicionário Aurélio é: 1. Conceito ou opinião formado antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3.P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4.P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional.
A ação caracterizada como preconceito supõe que o indivíduo exerceu ou exerce ato ou ação contra determinada pessoa ou contra algo (até objetos), movido, exclusivamente, por um preconceito, sem julgar outras qualificações ou outras informações.
Você já se perguntou porque não gosta de determinada fruta sem nunca tê-la experimentado? Pois é. Isso acontece.
No nosso dia a dia somos todos preconceituosos. De certa forma, exercemos nossos preconceitos para fazer nossas escolhas.
Escolhemos com quem queremos conversar, onde trabalhar (se existissem vagas para empregos), onde fazer compras, onde comer, onde sentar, que tipo de transporte utilizaremos, etc.
Desde bebês, aprendemos, com o paladar: a comparar o doce, o salgado, o azedo, o gostoso e o ruim; com a audição: a identificar e discernir sons, barulhos e vozes agradáveis e desagradáveis; com o olfato: a sentir aromas agradáveis e desagradáveis; com a visão: a enxergar o bonito e o feio e, com o tato: a identificarmos superfícies lisas, macias, ásperas, rígidas, etc.
Através dos cinco sentidos inerentes ao ser humano coletamos informações, processamos e, armazenamos em nosso banco de dados: o cérebro. Agimos de acordo com o nosso grau de conhecimento, pelas informações e experiências acumuladas durante nossa existência.
Dentre os inúmeros tipos de preconceitos existentes, entendo que o mais latente é o preconceito social que é estimulado cada vez mais pelos políticos e pela mídia.
Evidentemente, não podemos negar a existência de outros tipos de preconceitos, como: contra pessoas gordas, pessoas com problemas físicos, pessoas com pouca instrução, pessoas com nenhum asseio, pessoas pobres e também contra pessoas de cor (negro, amarelo, mulato, branco, índio, etc.).
Portanto, somos pessoas preconceituosas por natureza.
O assunto é bem mais abrangente. A constante exploração pela mídia do problema racial mascara os demais preconceitos, também danosos ao ser humano e à sociedade. Nos artigos “Vagas no Ensino Superior” e “A Marca do Prego”, tento abordar alguns preconceitos existentes em nossa sociedade.
E, como mostrado nesses artigos todos nós temos preconceitos, estabelecidos em nosso crescimento como indivíduo, pelas influências sofridas nesse processo de evolução, pela sociedade e pelas informações que recebemos. 
Entretanto, uma característica exclusiva no mundo animal, nos difere como racionais. Isto deveria ser suficiente para que pudéssemos entender e reavaliar nossas experiências e atualizar nossos conceitos.
Vamos refletir!  Você, caro leitor, não têm e nem nunca teve nenhum tipo de preconceito? Faça uma introspecção e reflita.
Feito este preâmbulo, gostaria de contar com a colaboração de vocês, caros leitores, para debater esse assunto tão polêmico que é o estabelecimento de cotas no ensino superior, para saber sua opinião.
Entendo que, mais uma vez, o grande problema não será atacado. Serão adotadas medidas paliativas que, desta forma, acirram ainda mais o preconceito em nossa sociedade.
O grande problema na educação é social. A dificuldade de acesso às universidades não está na cor da pele e sim: na qualidade do ensino público básico e fundamental que é ministrada aos alunos; na carência de nutrientes da população mais carente que afeta o não desenvolvimento do intelecto; no empobrecimento generalizado da população brasileira que impede que o aluno adquira livros e crie o saudável hábito da leitura; e, no interesse político em manter essa situação para poder manipular mais facilmente a população.
A medida de reservar vagas e impor como condição fundamental cor da pele para ingresso ao ensino superior é totalmente preconceituosa. Servirá como já afirmei acirrar uma situação de disputa e competição desleal entre raças. Aflorará em nossa sociedade o preconceito racial. Até porque, na documentação do brasileiro, onde está escrito “branco” leia-se: moreno, amarelo, etc. E daí, o que diriam os “brancos?” Perderiam a oportunidade de estudar pela cor da pele? Por não serem “privilegiados” e não receberem fórum especial os demais alunos  deveriam ser prejudicados em proveito de “minorias” e por medidas eleitoreiras? Infelizmente, não há, por parte dos governantes, preocupação com a melhora do ensino. Há isto sim, interesse em que atitudes eleitoreiras, como esta, que possam garantir a reeleição.
 Algo mais efetivo deve ser feito do que, simplesmente, garantir acesso à universidade pública aos carentes. É preciso exigir qualidade de ensino, desde a base: o ensino público básico e o fundamental.
Muitos dos empresários bem-sucedidos hoje freqüentaram escolas públicas. Aos mais novos quero informar que, não há muito atrás, as escolas públicas de 1º e 2º graus eram referência em qualidade de ensino. Muitas delas só permitiam acesso mediante concurso e, a maior dificuldade para ingresso no ensino superior era a quantidade de universidades que, àquela época era extremamente limitada. O ensino superior não tinha estrutura suficiente para absorver todos os alunos qualificados.
Esse é um ano de eleições. Na hora de votar pense se é isso o que você quer.
Relativamente à reportagem sobre o preconceito na seleção de candidatos a vagas de trabalho, além de ser um ato covarde, é dispendioso e mostra a mediocridade do selecionador.
A escolha ou descarte de um possível colaborador ou de um profissional pelo critério preconceituoso (entenda-se aí, preconceitos não justificados técnica e racionalmente) pode levar a você Administrador a perder um grande colaborador que poderia contribuir para a solução de seus problemas, e que poderia mostrar-lhe, se tivesse oportunidade, que a inteligência, eficiência, produtividade, atitude e eficácia no trabalho, não dependem da cor de pele.
 Na condição de Administradores temos o dever de sermos racionais, atualizarmos constantemente nossos conceitos, superarmos os nossos preconceitos, pois somos responsáveis por nossos atos a frente de nossas empresas.


Comentado por Jorge Luís Saraiva


O que dizermos sobre o preconceito? Será que devemos criar algum tipo de punição às pessoas preconceituosas? Ou devemos apenas entender que preconceito é apenas algo cometido por pessoas que são de fato problemáticas em relação ao defeito do próximo?
Diferentemente de tudo isso não devemos fazer nada. É isso mesmo, junto a essas pessoas, somos muito preconceituosos com TUDO! Pra tudo temos opiniões que pra muitos são consideradas um tipo de preconceito. Aprendemos ao decorrer da vida a ser uma pessoa crítica com o que não achamos que esteja certo, seja isso em um texto, em uma discussão, em um questionamento, ou em vários outros modelos existentes. Já que somos preconceituosos até com objetos. Ou seja, quem nunca criticou uma pessoa pelo seu modo de se vestir; ou pelas roupas que essa pessoa usa?  Quem nunca quis escolher onde trabalhar; quanto ganhar; com quem trabalhar; o que comer; onde comer; com quem comer; o que usar; etc.? Enfim, somos frutos de pessoas que eram; são e serão preconceituosos com tudo e todos.

Com tudo isso que ocorre devemos prestar atenção em não criticar o próximo, mas sim tentar entende-lo e se auto-avaliar, porque do mesmo jeito que criticamos o próximo ele nos critica.
Eu sou uma pessoa preconceituosa porque aprendi a ter opinião diferente das outras pessoas. Não que isso signifique que eu saia pela rua agindo como se fosse uma pessoa perfeita que tudo o que faço esteja certo. Nem todos somos iguais aos outros, por isso agimos deste modo. Ainda mais em um mundo desigual e em países capitalistas, onde pessoas fazem o que for preciso para se dar bem. Nem que para isso ela critique e faça o que for necessário para o seu próprio bem.

Os novos suspeitos do aquecimento global

Postado por Agatha C.


A Terra está ficando mais quente. E isso é culpa da poluição gerada pelo homem. Fato. Mas novos estudos revelam que o problema também vem de onde menos se espera: o mar, as nuvens e até as plantas podem estar contribuindo para piorar os efeitos do CO2.
por Salvador Nogueira e Bruno Garattoni.
A Terra está ficando mais quente. E isso é culpa da poluição gerada pelo homem. Fato. Mas novos estudos revelam que o problema também vem de onde menos se espera: o mar, as nuvens e até as plantas podem estar contribuindo para piorar os efeitos do CO2.

Em novembro de 2009, hackers invadiram um computador da Universidade de East Anglia, que fica no Reino Unido e é um dos principais centros da pesquisa sobre o aquecimento global. De lá saem vários dos números que a ONU utiliza em seus estudos - em que os governos de todo o mundo se baseiam para tomar decisões sobre o assunto. Os hackers roubaram 1 000 e-mails e 2 mil documentos, em que os cientistas debatem questões técnicas - inclusive uma série de mensagens em que discutem um "truque" para "esconder um declínio" (palavras deles) na quantidade de CO2 presente na atmosfera em épocas passadas. O episódio, apelidado pela imprensa de Climagate (uma referência a Watergate, escândalo que derrubou o presidente americano Richard Nixon nos anos 70), gerou uma polêmica mundial. Quem não acredita no aquecimento global, ou acha que ele não é obra da humanidade, encarou os tais e-mails como suposta prova disso. E os cientistas foram acusados de manipulação de dados. Montaram-se vários comitês independentes para investigar o caso, que chegaram a uma conclusão unânime. Os números do aquecimento global estavam certos, e o tal truque era apenas um procedimento matemático. Os pesquisadores tinham descartado alguns poucos números de medição de temperatura - que estavam muito diferentes dos demais, e por isso provavelmente errados. É uma técnica estatística válida e aceita pela ciência.

Mas essa novela abriu uma nova discussão: existe muita coisa que ainda não entendemos sobre o aquecimento global. O básico, todo mundo sabe. O homem queima combustíveis fósseis e isso libera CO2, que se acumula na atmosfera e provoca o famoso efeito estufa, que impede que o calor se dissipe e deixa a Terra mais quente. Só que isso não conta toda a história. A emissão de CO2 desencadeia efeitos estranhos no planeta. E isso faz com que elementos aparentemente inofensivos se voltem contra a humanidade, piorando o aquecimento global.

A água, por exemplo. Água é vida. É difícil acreditar que ela possa ter algum efeito maléfico sobre alguma coisa, quanto mais piorar o aquecimento global. Mas é justamente isso que pode estar acontecendo. Vamos explicar. Pense na água em estado sólido: gelo. Localizado principalmente nos polos, ele ajuda a refrigerar o planeta. Não porque é frio, mas porque é branco. Sabe quando está muito sol e você usa uma roupa branca, porque essa cor reflete melhor os raios solares? Com o gelo, é a mesma coisa. Como ele é clarinho, reflete bem a radiação solar - faz com que o calor que chega à Terra seja rebatido de volta para o espaço. Com o aquecimento global, o gelo está derretendo, virando água e aumentando o nível dos oceanos. Só que o mar não reflete tão bem a radiação solar. Na verdade, ele absorve essa radiação, fica mais quente e sua água evapora. E é aí que o problema começa.

Quanto mais os oceanos esquentam, mais água evapora. Na forma de gás, a água tem muita capacidade de reter calor: é uma substância quase tão potente quanto o CO2 na produção do efeito estufa. Quanto mais vapor d’água, mais calor retido na atmosfera - o que, por sua vez, deixa os oceanos ainda mais quentes, realimentando o processo. Ninguém sabe exatamente o tamanho do problema, mas segundo estimativas feitas pelo climatologista Richard Linzen, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a cada 1 grau de aquecimento global causado pela emissão de CO2, o vapor d’água poderia adicionar até 0,7 oC. Um estudo produzido pela equipe da cientista Susan Solomon, da Noaa (agência do governo dos EUA que estuda os oceanos e a atmosfera), demonstrou, com dados de satélites e de balões meteorológicos, que a quantidade de vapor d’água na estratosfera disparou nos anos 90 - e foi responsável por quase 30% do aquecimento global ocorrido nessa década. Em suma: a água na atmosfera potencializa o efeito do CO2 e piora o efeito estufa. Mas ela também é capaz de uma coisa que o CO2 não faz: formar nuvens. E as nuvens são brancas, ou seja, refletem os raios solares de volta para o espaço e aliviam o aquecimento da Terra. Ou não. "As nuvens na baixa atmosfera [cuja base está a até 2 quilômetros de altura do solo] têm esse efeito, mas nuvens na alta atmosfera [a mais de 6 quilômetros do solo] acirram o efeito estufa, rebatendo calor de volta para a Terra", explica o climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Aqui está mais um mistério para a ciência. Os cientistas suspeitam que a questão tenha a ver com a temperatura das nuvens. Quando elas estão no alto, são mais frias - e mais propensas a absorver e reter o calor do Sol, o que acabaria esquentando a atmosfera. A tese é aceita pela maioria dos especialistas, que só não entram em acordo quanto à intensidade do efeito. Números divulgados pelo IPCC (a agência da ONU que estuda o aquecimento global) apontam que as nuvens podem adicionar de 0,4 a 2,3 OC à temperatura do planeta. Se essa estimativa parece imprecisa, é porque é mesmo - vem de simulações de computador, que têm uma margem de erro considerável. Elas têm 300 quilômetros de precisão, ou seja, não conseguem calcular corretamente fenômenos que sejam menores do que isso - como as nuvens. "Esse é o principal problema das simulações", explica Nobre.

Sol, plantas, pessoas e trapalhadas

Há mais fatores que podem influenciar as mudanças climáticas. Até o mais básico deles - o Sol. Ele não trabalha de forma constante: segue ciclos que alternam fases de atividade mais e menos intensa. Isso muda a quantidade de radiação que chega à Terra - e, consequentemente, o clima. Ao longo do século 20, o Sol passou por períodos de alta atividade, o que provocou parte do aquecimento global (cerca de 0,1 dos 0,76 OC registrados ao longo desse período). Nos últimos 10 anos, nossa estrela-mãe entrou numa fase de calmaria. Mas (como você ficou sabendo na última edição da SUPER) a Nasa prevê que a radiação solar possa voltar a aumentar a partir de 2013.

Até as plantas podem piorar o aquecimento global. Foi isso o que constatou um estudo recente feito pelo cientista atmosférico Long Cao, da Universidade Stanford. Ele descobriu que o aumento da concentração de CO2 na atmosfera faz com que a fisiologia das plantas se modifique, com um efeito ruim sobre a temperatura. Ora, mas os vegetais sempre foram tidos como a grande salvação do planeta, porque tiram carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. Como pode ser verdade uma coisa dessas? Acontece que, além de fazer a fotossíntese e absorver CO2 da atmosfera, as plantas também têm outro papel importante. Elas transpiram, e com isso retiram calor do próprio organismo, de quebra resfriando a superfície terrestre. O problema é que, quando o CO2 se torna excessivo, as plantas passam a transpirar menos - e esse ar-condicionado natural para de funcionar (veja no infográfico ao lado). Os cientistas de Stanford descobriram que a falta de transpiração nas plantas é responsável por 16% do aquecimento global que estamos vivendo hoje. Em algumas regiões do globo, como partes da América do Norte e da Ásia, o efeito é ainda mais forte: 25%. "Nós mostramos que o efeito fisiológico precisa ser levado em conta nas projeções climáticas", diz Cao.

E outro estudo colocou ainda mais lenha na fogueira - ou melhor, calor na atmosfera. Até o estresse das plantas pode acabar contribuindo para o aquecimento global. Pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, perceberam que, quando alguns tipos de plantação são expostos a secas ou temperaturas mais altas (fenômenos que podem ser provocados ou intensificados pelo aquecimento global), as plantas ficam estressadas e começam a liberar mais metano - um gás extremamente perigoso para o aquecimento global porque retém 23 vezes mais calor na atmosfera do que o CO2. Esse efeito foi comprovado em 7 tipos de plantação, entre elas o trigo - que é o vegetal mais cultivado do planeta. As plantas podem fazer mal. Já um determinado tipo de poluição, quem diria, pode fazer bem: os aerossóis. Eles são partículas suspensas na atmosfera e podem ter diversas origens, como queima de combustíveis, erupções vulcânicas e até poeira. E podem tanto aumentar quanto diminuir a temperatura da Terra. A queima de combustíveis fósseis (gasolina, por exemplo) gera partículas de carvão, que são pretas e por isso absorvem radiação solar - deixando a atmosfera mais quente. Já as erupções vulcânicas podem ter o efeito oposto. Quando um vulcão se torna ativo, joga grandes quantidades de dióxido de enxofre na alta atmosfera. É uma substância tóxica, mas que reflete a radiação solar; e ajuda, de forma passageira porém intensa, a esfriar o planeta. Por isso, alguns cientistas defendem a injeção de dióxido de enxofre na atmosfera como uma solução paliativa. Mas a maioria acha essa técnica muito perigosa. "Se for necessário interromper o processo por causa de algum efeito imprevisto, o aquecimento global que havia sido contido viria todo de uma vez. Seria uma catástrofe inimaginável", diz Nobre.

Com tantas variáveis novas, as dúvidas sobre o aquecimento global só tendem a aumentar. Os cientistas estão aperfeiçoando suas simulações, mas o número de elementos envolvidos passa a ser tão grande, com tantos fatores difíceis de medir, que continuaremos com a mesma margem de erro. "Desde os primeiros resultados do IPCC temos essa incerteza, que é de 2 graus a 2 graus e meio", afirma Carlos Nobre. "Nos próximos resultados, o grau de variação continuará sendo mais ou menos esse." O novo relatório do IPCC, que será escrito por 831 cientistas, deve ficar pronto entre 2013 e 2014. E esse processo, aliás, é uma fonte de incerteza à parte. Não é fácil coordenar as opiniões e conclusões de centenas de especialistas espalhados pelo mundo, o que transforma o IPCC numa fábrica de conflitos. Cientistas já renunciaram a seus cargos por discordar dos procedimentos do grupo, cujos relatórios já apresentaram pelo menos um erro crasso: dizer que as geleiras do Himalaia poderiam derreter e sumir já em 2035. A imprensa inglesa achou a afirmação exagerada, foi investigar e descobriu que a prova disso não vinha de estudos sérios. Era apenas a opinião pessoal de um cientista, que dera uma entrevista a respeito em 1999. O IPCC admitiu o erro, mas logo depois surgiu outro - um trecho do relatório se baseava na dissertação de um estudante de geografia.

Mesmo com esses deslizes embaraçosos, a palavra do grupo é séria e aceita pela comunidade científica. Só não é absoluta. Porque, mesmo se toda a ciência do clima fosse decifrada, continuaria a existir um elemento de dúvida: a própria humanidade. O mundo está mudando - e as pessoas e as nações estão cada vez mais cientes de seus papéis no aquecimento global. As tentativas de costurar acordos internacionais para reduzir as emissões de CO2 têm tropeçado (a conferência COP 15, realizada recentemente na Dinamarca, acabou em fracasso). Mas pode ser que no futuro, com o agravamento das mudanças climáticas, os poderes do mundo tomem providências. Porque, se ainda há muito o que não sabemos sobre o aquecimento global, de uma coisa sabemos bem. É preciso fazer alguma coisa para contê-lo, antes que seja tarde demais.


Comentado por Agatha C.
O aquecimento global é um assunto que vem sendo estudado muito nos últimos tempos, com varias provas que esse problema é verídico, há pessoas que dizem não acreditar, podendo ser uma forma de não querer ver a realidade – assustadora – do rumo que fizemos o planeta tomar, sim nós contribuímos para isso.
Ao ler este artigo, fiquei surpresa em descobrir que o gelo, por ser branco contribui para a ”salvação” do planeta, pois como reflete os raios solares, faz com que o calor que chega na Terra seja menor, aí esta o problema, com o aquecimento do globo, as geleiras estão derretendo, essa ajuda se torna um mal, pois o gelo vira água, e com calor a água vira vapor, o que poucos sabem é que o vapor é tão poderoso quanto o CO2 na produção do efeito estufa.
Até mesmo as plantas, que tínhamos como um dos mais importantes agentes contra o aquecimento global, também pode ser um problema, diz um cientista de Stanford, pois acreditamos que a fotossíntese que absorve o co2 da atmosfera, seja boa para amenizar os efeitos do aquecimento global, o que realmente é, mas as plantas transpiram, o que era desconhecido para eu até hoje, e quando o CO2 é excessivo elas transpiram menos, e acreditem se quiser, a falta de transpiração das plantas é responsável por 16% do aquecimento, pelo qual passamos hoje.
Pois bem, muitas vezes a salvação também é o problema, com mais conhecimento sobre assuntos que são importantes para a sobrevivência do nosso Planeta, viveremos melhor, em harmonia com a natureza.

Instituto Unibanco - Reportagem sobre Educação no Brasil (TV Globo)

 

Postado por Plínio Lopes

A genética fracassou?


Postado por Mayara C.

Os anos 2000 começaram com o anúncio de uma revolução. O código da vida havia sido decifrado. Estávamos prestes a entender as doenças mais misteriosas. E transplantes de DNA dariam conta dos distúrbios mais graves. Mas nada disso aconteceu até hoje. A revolução ainda está a caminho?
por João Vito Cinquepalmi

Escrever o manual de instruções de uma pessoa. Esse era o objetivo dos cientistas que começaram a mapear e sequenciar o genoma humano, em 1990. Um trabalho duro. A chave para desvendar nosso corpo estava em um código formado por milhares de genes, cada um deles com uma função definida - e completamente desconhecida. Com um mutirão de cientistas e computadores potentes, no entanto, o mundo achou que chegara a hora de entender tudo: por que ficamos doentes, nascemos com cabelos lisos ou crespos, sentimos mais ou menos dor do que os amigos. Entender por que uma pessoa funciona do jeito que funciona.

Seria uma obra revolucionária para a saúde do homem. Saberíamos com antecedência que doenças nos afetariam no futuro. Desligando genes que causam disfunções e ligando aqueles responsáveis pelo conserto, seria mínimo o risco de sofrermos de males hereditários. Acreditando nisso, o mundo comemorou quando o mapeamento do genoma humano foi apresentado em 2000, quase completo. Em coisa de 10 anos, diziam os líderes do projeto, viveríamos melhor. E mais.

Os 10 anos se passaram e o que foi prometido não aconteceu. Seu médico, leitor, ainda não sabe por que exatamente o câncer afeta pessoas saudáveis de repente. Nem prescreve remédios feitos só para você, de acordo com seu genoma. Mas por que a pesquisa genética fracassou em suas promessas? E uma pergunta mais importante: ainda tem chance de dar certo?

Comentado por Mayara C.
Ter no que acreditar, e confiar, coisas construtivas com soluções para questões que com certeza mudaria o mundo, mas pensa se houvesse explicação pra tudo o que acontece e irá acontecer no nosso corpo seria ótimo não haveria doenças, nem pessoas morrendo cruelmente, mas assim a expectativa de vida cresceria bastante, porque motivos para a morte são acidentes ou doenças, elas infelizmente não existem por acaso doenças, acidentes e fatalidades movem o mundo, fazem parte ciclo de nascer, crescer e morrer, nunca haverá explicações e soluções concretas para isso.
Se descobrirem a solução para isso e criarem um manual de instrução, quero um, prevenir doenças e saber o porque de tudo, e quem sabe as pesquisas não iram dar certo, num futuro próximo  seria uma grande evolução para a humanidade, mas quando descobrirem curas novas, novas doenças surgiram, diz a bíblia, e isso será um risco, que estamos sujeitos a correr.